quarta-feira, 18 de abril de 2018

Crónica e Análise: Sporting 1 – FC Porto 0 (4-5 nas grandes penalidades)


1 – Crónica

No início de noite desta quarta o FC Porto deslocou-se ao terreno do Sporting, em jogo a contar para a 2ª mão da meia final da Taça de Portugal. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por 1-0, o que significou um empate a 1 na eliminatória. A vitória do Sporting definiu-se nas grandes penalidades, por 5-4.
Para este jogo Sérgio Conceição apostou num onze composto por Casillas; Maxi, Filipe, Marcano e Alex Telles; Herrera, Óliver e Ótávio; Ricardo Pereira, Soares e Brahimi.
O primeiro tempo pautou-se pelo equilíbrio entre duas equipas que já se conhecem muito bem, o que resultou em poucas ocasiões de golo junto de ambas as balizas. O Sporting entrou ligeiramente melhor em jogo, mas o FC Porto conseguiu controlar e dominar o jogo. Ao minuto 19 Otávio tentou fazer o golo, contudo, não acertou no alvo. Do outro lado do campo, o Sporting tentou criar perigo perto do intervalo.
No início do segundo tempo houve uma ocasião de perigo para cada lado. Ao minuto 52 Soares não conseguiu dar o melhor seguimento a uma jogada de Brahimi. Já do outro lado do campo, ao minuto 59, o Sporting desperdiçou uma ocasião de perigo. Entretanto o Sporting aproveitou o cansaço dos médios portistas e conseguiu livrar-se da pressão, ainda assim, não criou real perigo para a baliza de Casillas. Até que ao minuto 85 os leões colocaram-se em vantagem num golo feliz. Na resposta, por três vezes, os Dragões, na mesma jogada, atiraram a bola à trave; na terceira vez que a bola bateu na trave, chegou a entrar, contudo, o lance foi anulado por fora de jogo.
O prolongamento não trouxe nada de novo e por isso a decisão foi empurrada para as grandes penalidades. Marcano foi o primeiro a tentar fazer o golo, no entanto não o conseguiu, porque a bola foi ao poste. No final verificou-se um 5-4.
Com este resultado o FC Porto vê terminada a participação na Taça de Portugal.

2 – Análise

Chegar à final da Taça de Portugal era um dos objetivos para esta época e o FC Porto entrou na segunda parte da eliminatória em vantagem. Não se esperavam facilidades, não só por este ser um clássico, mas também por ser a 2ª mão da meia final, portanto, um jogo decisivo. Foi um jogo equilibrado, entre dois adversários que se conhecem muito bem e que tinham pouca vontade de arriscar. Prova disso mesmo é a escassez de oportunidades de golo, tanto de um lado como do outro. Não me lembro de nenhuma defesa de um dos guarda-redes. Basicamente o FC Porto controlou o primeiro tempo e o Sporting, porque o meio campo portista foi perdendo fulgor, começou a ter ascendente a meio do segundo tempo. Não posso dizer que gostei da exibição portista, porque preferia que os Dragões tivessem entrado determinados na procura do golo que aumentasse a vantagem e dificultasse a tarefa dos leões. Ao invés senti que o FC Porto entrou para controlar a vantagem que trazia do primeiro jogo no Dragão. Diz-se que quem não marca arrisca-se a sofrer e, de facto foi isso que acabou por acontecer, ainda que, tal como já referi anteriormente, o Sporting – como aliás o FC Porto – não tenha criado perigo eminente junto da baliza de Casillas. Foi um golo feliz. Veio depois o prolongamento e a lutaria das grandes penalidades. Já sei que Óliver saiu por apresentar problemas físicos; percebo a troca de Ótávio por Sérgio Oliveira; só não percebo muito bem porque Marega não entrou para o lugar de Soares em vez de Aboubakar, talvez tinha sido mais proveitoso aproveitar a sua velocidade. Claro que é mais fácil fazer estas análises agora, Sérgio Conceição saberá porque não optou pelo maliano. Tenho de destacar Herrera e Maxi, ambos pela garra, pelo querer, pela determinação e pelo espírito de sacrifício; o mexicano não quis desistir de lutar por algo que impedisse os penaltis; já o Uruguaio, mesmo com um corte na cabeça, preferiu permanecer dentro do campo até ao final – Bravo Dragões!
Em suma, foi um jogo muito dividido, ganhou quem teve a sorte de fazer a bola entrar na baliza. Caiu um dos objetivos desta época, resta ao FC Porto focar todas as atenções no campeonato, onde faltam jogar 4 finais. Apoio não vai faltar, por certo, por isso vamos Porto!

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