terça-feira, 25 de abril de 2017

Análise Ao Momento do FC Porto



Tendo em conta o que se passou nos últimos cinco jogos, ocorre-me fazer a seguinte análise.
Antes do jogo frente ao Vitória de Setúbal no Dragão, a equipa vinha a atravessar uma sequência positiva de jogos, em que jogava bem, marcava golos e confiava nas suas capacidades para alcançar os objetivos traçados para cada jogo. Entendo, por isso, que aquele jogo frente ao Setúbal, que não correu dentro do esperado e desejado, funcionou como uma espécie de pedra na engrenagem e dessa forma, quebrou-se parte da confiança. Vejamos. O Benfica na véspera tinha perdido pontos e uma vitória portista colocaria o FC Porto na liderança. Ora, a equipa não soube lidar com essa pressão, que deveria ter sido positiva, e não conseguiu fazer o que tinha de fazer, vencer, apesar de ter amealhado ocasiões mais do que suficientes para ganhar tranquilamente. Seguiu-se o jogo na Luz e, mais uma vez, uma vitória colocaria os Dragões no topo. O problema foi que, talvez ainda consequência do que tinha acontecido na jornada anterior, a equipa voltou a não conseguir livrar-se da pressão e confiar mais em si. Seguiu-se a receção ao Belenenses, nesse jogo o FC Porto fez o que tinha de fazer, venceu tranquilamente. Depois veio a deslocação a Braga e, outra vez, falhou a confiança, sem que tivessem faltado ocasiões para marcar. E por fim, o jogo frente ao Feirense. Sabendo que o Benfica tinha empatado no clássico, não seria difícil a equipa motivar-se para lutar pelos 3 pontos e voltar a ficar a 1 da liderança. Só que não foi isso que se passou. O FC Porto voltou a sufocar o adversário, voltou a ter ocasiões de golo, mas sem conseguir marcar. Ou seja, nestes quatro empates encontro um ponto comum: faltou razão, faltou critério, faltou confiança e, infelizmente, parece-me que faltam as forças a algumas pedras mais importantes da equipa. Há jogadores para quem o facto de não poderem falhar está a pesar mais do que seria suposto e desejado. O próprio treinador disse na conferência de imprensa após o jogo de Domingo que “há o medo de não voltar a ganhar”. Pois mister, só que esse medo não pode acontecer, porque se acontecer o caldo entorna e não há nada a fazer para remediar. É urgente reverter esta situação, porque, e não há como esconder, vem aí jogos que tem tanto de decisivos quanto de difíceis e se esta equipa já foi capaz de confiar em si própria, tem de o voltar a fazer. Não falta garra, querer, união ou solidariedade a este grupo, mas está a faltar discernimento. É preciso que o FC Porto comece desde o primeiro minuto a pressionar forte para marcar o mais rápido possível e, dessa forma, não permitir que o adversário ganhe confiança a defender. Para além disso, será importante que os médios procurem rematar de fora da área, de modo a aumentarem as probabilidades da bola esbarrar em alguém e entrar.
Só assim consigo encontrar uma explicação para este trajeto descendente que a equipa tem feito nos últimos jogos. E creio que a única forma de recuperar a confiança é voltar, rapidamente, às vitórias, porque não há receitas mágicas, eu pelo menos não a tenho, mas há coisas que são, mais ou menos, óbvias e lógicas.




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